sábado, 5 de julho de 2014

Um poema de Laura B. Martins, belo e pleno de sensibilidade.




Não era preciso justificar seu amor por uma andorinha, Laura. Quando zelamos por um ser vivo, queremos que viva.Você pergunta se a natureza é feia. Em alguns aspectos é sim, tanto que seu gato, só por instinto, queria matar a pequena ave. No budismo original, consideramos feias três coisas - a doença, o envelhecimento e a morte. Por sorte, há a renovação. Na próxima primavera e no verão, muitas andorinhas estarão indo do norte da África para Portugal, e algumas podem fazer ninho no seu quintal. Não  tente resguardá-las, elas é que têm que se proteger dos gatos. As mais fracas devem morrer - tal é a lei da natureza.

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2 comentários:

Laura B. Martins disse...

Anica, você deixou-me ainda mais triste. Como não resguardar as andorinhas? Como não prender os gatos em casa na altura dos ensaios de voos? Como não manter a minha cadela fechada na parte da frente do quintal pelo mesmo motivo dos gatos?
Como?
Como?
Como?
Como fechar o coração?

Anônimo disse...

Esta poesia de Laura, traduz bem a sua sensibilidade e o seu sentimento. A dor foi muita e ela teve que a exteriorizar neste belo poema. A esposa, a mãe, resumidamente a mulher estão aqui neste poema. Parabéns Laura pelo lindo poema. Henrique