segunda-feira, 1 de abril de 2013

 Não vou falar das saudades óbvias, mas de um cuscuz de tapioca, doce, que eu comia na porta da escola, na saída. Por mim eu comeria o pudim inteiro, mas só dispunha de duzentos réis por dia (uns vinte centavos) o que me permitia saborear apenas um pedaço por dia. Papai podia me dar um pouquinho mais, mas temia que eu perdessse o apetite para o almoço. Mas que apetite, se eu nunca tinha, a nâo ser por guloseimas? Jaca, abil, queijo com goiabada, cajamanga,  quebra-queixo...
Ana Suzuki

Saudade, pra que saudade ?
Saudade só faz a gente sofrer
Só faz a gente chorar...
Melhor mesmo
É viver...Só
Só amar...
Sobreviver...Só
Viver ...Sem sofrer
Até morrer .... Só!
Vera Mussi

Oi. Ana!  Adorei os comentários sobre a saudade !!! Qta lembrança interessante, aliás confundem-se com as minhas também , mas quem sou eu para espressá-las em blog. Parabéns a todos os escritores maravilhosos que nos deixaram conhecer um pouco de suas vivencias e que. continuem com este dom de expressar tão especial que possuem. 
E a você, dona da idéia, parabéns . bjs
Stella Sampaio





4 comentários:

Muriel Pokk disse...

Falando de pessoas, sinto muitas saudades da minha avó paterna.
Ela era uma mulher muito evoluída e enquanto mamãe evitava falar sobre sexo comigo, mesmo depois dos 14 anos, vovó tirava minhas dúvidas, claro que sem mamãe saber.
Mamãe só me deixou namorar aos 18 anos, mas quando eu saia com ele, meu horário para sair era 14hs00min e para voltar pra casa era: 16hs00min. Vovó ficava indignada e dizia pra mamãe que eu morreria solteria desse jeito.
Falando de comida...
Sinto falta das batatinhas fritas que vovó fazia. Ela cozinhava batatinhas (aquelas pequeninas), depois as descascava e fritava (com bastante gordura de coco), elas ficavam crocantes por fora e macia por dentro era uma delicia. Moravamos nos fundos da casa de vovó. Quando ela fritava as batatinhas, o cheiro era muito convidativo, eu ia correndo na casa dela e dizia: Vó vim almoçar com vc.
Hoje faça as batatinhas como vovõ fazia, mas não têm o mesmo saber.
bjs
Muriel

Muriel Pokk disse...

Falando em saudade.
Tenho saudade da minha mãe.
Falando em comida...
Sinto saudade do "pudim" de pão que ela fazia.
Quando sobrava pão mamãe os colocava de molho na água para amolecerem.Depois os espremia com as mãos, colocava bananas amassada, ovos, açucar e leite. Levava ao fogo. De instantes em instantes ela ia lá e mexia, mexia, mexia. Fazia esse procedimento até o pudim desgrudar da panela. Levava a tarde toda para que ele ficasse pronto. Meu maior suplício era esperar que ele esfriasse... demoraaaava muito, rs.

Muriel Pokk disse...

Tenho saudade do meu pai.
Ele apesar de brabo, era um bom pai. No mês de junho fazia balões pra pra nós. Em cada um deles colocava o nome de um filho.
Na páscoa colocava ovinhos em ninhos (feito por ele), com o nome dos filhos em cada um deles...os escondia... tinhamos que procurar por eles. Se achassemos o ninho que não era nosso, não podiamos pegar nem contar.
No natal, além das bolinhas tradicionais, ele fazia questão de enfeitar a árvore, com garrafinhas de chocolate.
Ele não era de cozinhar, mas quando resolvia cozinhar caprichava. Fazia um picadinho com legumes que era divino. Cortava a carne em pedacinhos iguais, os legumes também picados pequenininhos (mais ou menos do mesmo tamanho0. Os temperos não me lembro, só lembro que ficava muiiiito gostoso.

Muriel Pokk disse...

Tenho saudade do meu irmão. Ele já era moço e eu criança ainda... tinhas 12 anos de diferença. Ele me levava para andar de bicicleta. Eu sentava no ombro dele e assim passeavamos a tarde toda.Quando ele voltava de madrugada, me acordava para comer com ele ovos mexidos. Apesar da diferença de idade nós nos davamos muito bem. Mesmo com o passar dos anos, ao envelhecermos essa ligação bem forte continuou. Assim foi até o dia de sua morte.